A própria cirurgia gera um estresse tanto físico quanto emocional, levando a uma carência mais acentuada dos nutrientes que precisam gerenciar estes desgastes. Daí a necessidade em suplementar nutricionalmente, pois só com a alimentação fica inviável atingir um mínimo necessário dos nutrientes essenciais para manter as funções orgânicas.
O ideal é que a suplementação se inicie antes do processo cirúrgico, visando:
• corrigir os desequilíbrios entre os nutrientes, que provavelmente vêm de longa data;
• estimular as defesas do organismo, evitando as infecções;
• melhorar a cicatrização e reduzir riscos de efeitos colaterais da cirurgia e de desnutrição, prevenindo inclusive anemias e depressão fisiológica;
• favorecer a integridade da parede intestinal para haver uma melhor absorção dos nutrientes ingeridos, prevenir a absorção de xenobióticos e macromoléculas (que podem gerar alergias alimentares) e ainda garantir uma melhor produção de neurotransmissores pela parede intestinal.
Para tanto, na maior parte dos casos, é necessária a suplementação de pré e probióticos e de nutrientes que são matéria-prima para a formação e boa manutenção da mucosa intestinal como zinco, ácido-fólico, vitamina A, entre outros, assim como em determinados casos a L-glutamina. Além de se preocupar com a quantidade da suplementação é necessário realizar uma adequação para que o suplemento consiga ser ingerido, seja na forma líquida, em pó para ser diluído ou em cápsulas bem pequenas para passar pelo estômago.
É importante considerar todo o estresse já comentado e o próprio emagrecimento que, juntamente com mobilização das gorduras, aumenta a liberação de metais tóxicos e a geração de radicais livres. É fundamental a suplementação de nutrientes antioxidantes como Zinco, Selênio, Manganês, Cobre, Vitamina C, Vitamina E, Betacaroteno, que têm ação primordial em ativar o sistema imunológico, juntamente com a glutamina e os lactobacilus.
As carências de nutrientes podem gerar consequências importantes como anemias, queda de cabelo, dermatites, que são comuns nos obesos que se submetem à cirurgia bariátrica. A deficiência de ferro, cobalamina (vitamina B12) e ácido fólico são comuns nesses pacientes. Esses nutrientes dependem da produção adequada de ácido clorídrico pelo estômago e todas as técnicas levam à diminuição das secreções digestivas.
Nas técnicas restritivas, como na banda gástrica, não foram descritos déficits importantes, com exceção das vitaminas hidrossolúveis, em decorrência de possíveis vômitos durante a fase de adaptação. Entretanto, nas técnicas mistas alguns sítios de absorção de nutrientes são alterados e pode haver deficiência. Dentre esses nutrientes destacam-se: tiamina, cianocobalamina, vitamina A e ferro. Nestas situações, a oferta diária de micronutrientes deve ser redimensionada. Sabe-se que dietas com valores calóricos inferiores a 800 kcal/dia devem ser suplementadas com vitaminas e minerais para atingirem as RDA (Recomendação Diária Adequada).
O cálcio e a vitamina A apresentam absorção prejudicada em pacientes submetidos a bypass gástrico porque os maiores sítios de absorção –duodeno e vários segmentos do jejuno – são excluídos do trânsito digestivo normal. A deficiência de zinco, de proteínas e de ácidos graxos essenciais também pode estar presente no organismo dos ex-obesos mórbidos. A suplementação protéica é de fundamental importância uma vez que os pacientes não toleram quantidades adequadas de carne. Assim, recomenda-se um mínimo de 60 g de proteína por dia, pois com uma ingestão inferior a esse valor está associada um maior consumo de massa magra. A proteína mais adequada seria a proteína do soro do leite (Whey Protein Isolada), isenta de lactose, por ter uma excelente digestibilidade e ser rica em perfil de aminoácidos. O ômega 3 é um ácido graxo essencial que deve estar presente no plano de suplementação do paciente pós-bariátrica pois esse nutriente tem papel em todo o processo inflamatório e na neutralização de todos os radicais livres produzidos, além de melhorar a resistência à insulina.
Minha suplementação! Não me dei muito com esta proteína, mas em outro post falei a que estou inlove! |
Fonte: Revista Suplementação - Ano 1
Lembre-se sempre: esta cirurgia é uma decisão sua e a cada obstáculo superado, a alimentação será lentamente acrescida de melhorias. Ah, e o principal: A BALANÇA VAI TE RECOMPENSAR!
Por isso, foco, fé e força!
Beijokas
Olá Kenny
ResponderExcluirFiz a minha cirurgia em 2008 e até hoje nunca tive qualquer problema. Tenho feito minhas analises sanguíneas e tudo tem estado normal. Optei por uma alimentação a base de suplementos Wheys, Aminoácidos, dado que pratico bastante exercício nomeadamente ciclismo. Atingi os meus objetivos e não quero voltar a ter aquele peso enorme (150kg)...
Só que esta semana eu fiz novamente analises e verifiquei que a Vit B12 , Vit D e Ferro estão com uns níveis mais baixos. Conversei com um nutricionista e ele me recomendou uns comprimidos sublingual ou então injetável. Procurei nas farmácias mas ninguém tem esse comprimido sublingual. Ai me ofereceram o BariVit. Vi que você tem um post sobre esse suplemento vitamínico. O que você me diz sobre ele? A absorção destas vitaminas realmente funciona? Porque o nosso estomago agora deixou de absorver muita coisa né... Muito obrigado pela ajuda. Abraço