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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Gastroplastia: Como evitar a carência de nutrientes

A própria cirurgia gera um estresse tanto físico quanto emocional, levando a uma carência mais acentuada dos nutrientes que precisam gerenciar estes desgastes. Daí a necessidade em suplementar nutricionalmente, pois só com a alimentação fica inviável atingir um mínimo necessário dos nutrientes essenciais para manter as funções orgânicas. 

O ideal é que a suplementação se inicie antes do processo cirúrgico, visando: 
• corrigir os desequilíbrios entre os nutrientes, que provavelmente vêm de longa data; 
• estimular as defesas do organismo, evitando as infecções; 
• melhorar a cicatrização e reduzir riscos de efeitos colaterais da cirurgia e de desnutrição, prevenindo inclusive anemias e depressão fisiológica; 
• favorecer a integridade da parede intestinal para haver uma melhor absorção dos nutrientes ingeridos, prevenir a absorção de xenobióticos e macromoléculas (que podem gerar alergias alimentares) e ainda garantir uma melhor produção de neurotransmissores pela parede intestinal. 

Para tanto, na maior parte dos casos, é necessária a suplementação de pré e probióticos e de nutrientes que são matéria-prima para a formação e boa manutenção da mucosa intestinal como zinco, ácido-fólico, vitamina A, entre outros, assim como em determinados casos a L-glutamina. Além de se preocupar com a quantidade da suplementação é necessário realizar uma adequação para que o suplemento consiga ser ingerido, seja na forma líquida, em pó para ser diluído ou em cápsulas bem pequenas para passar pelo estômago. 

É importante considerar todo o estresse já comentado e o próprio emagrecimento que, juntamente com mobilização das gorduras, aumenta a liberação de metais tóxicos e a geração de radicais livres. É fundamental a suplementação de nutrientes antioxidantes como Zinco, Selênio, Manganês, Cobre, Vitamina C, Vitamina E, Betacaroteno, que têm ação primordial em ativar o sistema imunológico, juntamente com a glutamina e os lactobacilus. 

As carências de nutrientes podem gerar consequências importantes como anemias, queda de cabelo, dermatites, que são comuns nos obesos que se submetem à cirurgia bariátrica. A deficiência de ferro, cobalamina (vitamina B12) e ácido fólico são comuns nesses pacientes. Esses nutrientes dependem da produção adequada de ácido clorídrico pelo estômago e todas as técnicas levam à diminuição das secreções digestivas. 

Nas técnicas restritivas, como na banda gástrica, não foram descritos déficits importantes, com exceção das vitaminas hidrossolúveis, em decorrência de possíveis vômitos durante a fase de adaptação. Entretanto, nas técnicas mistas alguns sítios de absorção de nutrientes são alterados e pode haver deficiência. Dentre esses nutrientes destacam-se: tiamina, cianocobalamina, vitamina A e ferro. Nestas situações, a oferta diária de micronutrientes deve ser redimensionada. Sabe-se que dietas com valores calóricos inferiores a 800 kcal/dia devem ser suplementadas com vitaminas e minerais para atingirem as RDA (Recomendação Diária Adequada). 

O cálcio e a vitamina A apresentam absorção prejudicada em pacientes submetidos a bypass gástrico porque os maiores sítios de absorção –duodeno e vários segmentos do jejuno – são excluídos do trânsito digestivo normal. A deficiência de zinco, de proteínas e de ácidos graxos essenciais também pode estar presente no organismo dos ex-obesos mórbidos. A suplementação protéica é de fundamental importância uma vez que os pacientes não toleram quantidades adequadas de carne. Assim, recomenda-se um mínimo de 60 g de proteína por dia, pois com uma ingestão inferior a esse valor está associada um maior consumo de massa magra. A proteína mais adequada seria a proteína do soro do leite (Whey Protein Isolada), isenta de lactose, por ter uma excelente digestibilidade e ser rica em perfil de aminoácidos. O ômega 3 é um ácido graxo essencial que deve estar presente no plano de suplementação do paciente pós-bariátrica pois esse nutriente tem papel em todo o processo inflamatório e na neutralização de todos os radicais livres produzidos, além de melhorar a resistência à insulina. 
Minha suplementação! Não me dei muito com esta proteína, mas em outro post falei a que estou inlove!
A mudança do hábito alimentar é fator imprescindível para a perda de peso, assim como para a manutenção desta perda. Desta forma, podemos dizer que independentemente da causa ou tipo de obesidade, a reeducação alimentar é fundamental e deve estar associada a um adequado programa de atividade física.

Fonte: Revista Suplementação - Ano 1

Lembre-se sempre: esta cirurgia é uma decisão sua e a cada obstáculo superado, a alimentação será lentamente acrescida de melhorias. Ah, e o principal: A BALANÇA VAI TE RECOMPENSAR!

Por isso, foco, fé e força!

Beijokas

Um comentário:

  1. Olá Kenny
    Fiz a minha cirurgia em 2008 e até hoje nunca tive qualquer problema. Tenho feito minhas analises sanguíneas e tudo tem estado normal. Optei por uma alimentação a base de suplementos Wheys, Aminoácidos, dado que pratico bastante exercício nomeadamente ciclismo. Atingi os meus objetivos e não quero voltar a ter aquele peso enorme (150kg)...
    Só que esta semana eu fiz novamente analises e verifiquei que a Vit B12 , Vit D e Ferro estão com uns níveis mais baixos. Conversei com um nutricionista e ele me recomendou uns comprimidos sublingual ou então injetável. Procurei nas farmácias mas ninguém tem esse comprimido sublingual. Ai me ofereceram o BariVit. Vi que você tem um post sobre esse suplemento vitamínico. O que você me diz sobre ele? A absorção destas vitaminas realmente funciona? Porque o nosso estomago agora deixou de absorver muita coisa né... Muito obrigado pela ajuda. Abraço

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